segunda-feira, 11 de abril de 2011

As diferenças de cada um.

   É engraçado como as idéias nos escapam, e nos impedem de expressar exatamente aquele rápido pensamento que surgiu e que, com a mesma rapidez, se vai sem que consigamos pensar melhor a respeito. Isso é exatamente o que aconteceu comigo quando, enquanto ouvia uma musica sentimental (shauhsuhas) e via fotos da minha turma do ano passado, comecei a pensar a respeito das pessoas que estão próximas de mim e que, ao mesmo tempo, estão tão distantes. É sempre assim, você pode dividir a mesma sala de aula, ter vivido 3 anos seguidos na companhia, pode considerar seu melhor amigo, mas você nunca vai ter conhecimento total da vida e da personalidade de uma pessoa (tambem pelo fato de cada um estar em constante mudança, o que dificulta um pouco o auto-conhecimento de cada um).
  Pode ser um rosto conhecido, um rosto que você procura desesperadamente quando esta a beira da depressão, pode ser um rosto que você beija todo dia, pode ser um rosto que te faz se sentir melhor por simplesmente estar sorrindo ou até mesmo parecer um rosto familiar e franco. Independente disso tudo, nós nunca vamos conhecer alguem por inteiro. Afinal, são muitos os mistérios e dramas que envolvem a vida de uma pessoa, mistérios que talvez jamais possamos compreender que, ao inves disso, passemos até a julgar de acordo com o que achamos correto.
   Por outro lado, não sabermos algo a respeito de alguem pode nos fazer tirar conclusões a respeito da personalidade de alguem e esse desconhecimento, pode nos fazer criar uma ilusão encima daquilo que realmente é. Este ano, faço no colégio a orientaçao profissional. Essa orientaçao tem como objetivo fazer com que conheçamos mais a respeito de nós mesmos para assim, sabermos o que queremos fazer pelo resto de nossas vidas. Discutimos bastante a respeito de nossos gostos, personalidades e histórias de vida. Foram tantas as histórias que ouvi e que nunca imaginei que tais pessoas tivessem passado por tais coisas. E é nessa hora que percebemos o quanto nós somos diferentes uns dos outros. Percebemos que passamos por situaçoes semelhantes só  que o que nos difere é o modo como agimos perante essas coisas e o caminho que escolhemos seguir. E este é um dos aspectos que definem cada personalidade de cada pessoa, é o que faz cada um ser único e diferente.
  

domingo, 27 de março de 2011

Já percebeu ...

  que a cada segundo que passa, agente morre um pouco ?

domingo, 9 de janeiro de 2011

Férias

     Depois de um ano inteirinho de trabalho duro, muito estudo e desgaste mental, agente sempre anceia pelas tão desejadas férias. Nas primeiras semanas tudo vais bem, você da graças a cada dia que pode descançar, a todas as horas que você pode gastar fazendo coisas que você quer sem precisar se preocupar com o fato de precisar estar fazendo outras coisas, você da graças por não precisar acordar as 6 horas da manhã e da graças por poder gastar um bom tempo em frente a TV. As férias tanto podem aproximar você dos seus amigos como, tambem, pode afastar. No meu caso, ela sempre afasta pois nas férias tenho somente 2 alternativas: Porto Ferreira ou Jundiaí. Nenhuma dessas escolhas me agrada, mas são as unicas que tenho, o problema é que emeus pais não tiram férias comigo.
     Na metade das férias você ainda dá graças por elas existirem, mas algo já começa a te incomodar: a falta do que fazer e a saudade do seu antigo e monotono cotidiano e saudade de todos aqueles que fazem parte dele. E é ai que você começa a pensar demais: pensar em tudo aquilo que você já fez que, pensando bem, é bem pouco quando comparado as coisas que você queria ter feito. Começa a pensar, tambem, que a cada hora que você passou em frente a TV é um kilo a mais que você ganhou, é nessa hora que você vai até o espelho e vê o quanto esta diferente: o cabelo não esta mais tão bem cuidado, você não sabe se engordou ou emagreceu, sua  pela não esta mais as mil maravilhas e, em alguns casos, não conseguiu aquele bronzeado que tanto queria. E, no fim disso tudo, além de você estar se sentindo péssimo com você mesmo você se arrepende de todo aquele tempo que gastou sem fazer nada, desperdicio de férias.
     No final, você tenta deixar tudo isso de lado. As aulas, o trabalho e tudo o mais vai voltar, você fica com a espectativa lá encima e fica destinado a acabar com aquele mal estar, alguns dias antes do inicio de tudo, você hidrata o cabelo, faz um corte novo, limpa a pele, compra alguns apetrechos novos (materiais escolares, bijouterias, etc...), você mal ve a hora de aparecer com o novo visual e as novas coisas que comprou na frente de seus amigos e, principalmente de tirar aquele vazio, aquela saudade do peito, a saudade dos seus amigos, das converças, dos almoços e das loucuras. Bom, é mais ou menos assim que são/estão sendo/foram as minhas férias, devo dizer que sim, passei por tudo isso, e quero dizer que estou com muita saudade de muitas pessoas: da Let, da Ingrid, da Carol, da Ana, da Marina, da Maria Gema, da Bianca, do Victor, do Titi e, mesmo não acreditando, do Danilo. Quero agradecer por fazerem do meu dia-a-dia os melhores da minha vida escolar :) espero que eu possa matar essa minha saudade em breve.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Uma completa estranha

As vezes fico imaginando se há uma dimensão onde exista uma eu que passa por coisas que eu poderia ter vivido, porem não vivi. Na vida, todos os dias para ser mais especifica, sempre nos são dadas múltiplas opções do que fazer de nossas vidas. E eu estou sempre escolhendo a opção que acredito ser a melhor para mim. Mas, nesta outra dimensão da qual estou falando, eu poderia ter adotado qualquer outra opção diferente da qual escolhi na realidade, o que faria de mim uma pessoa completamente diferente do sou. Não somente eu, mas tudo ao meu redor seria diferente aos meus olhos: minhas amizades, minha família, minha casa, etc...


Nesta outra dimensão eu poderia ainda estar em minha antiga casa, em meu grande quarto lilás, com armários do chão até o teto, que ocupavam uma parede inteira, um armário que nunca cheguei a lotar. Eu ainda poderia contar com a presença de meu avô paterno em meus aniversários ou, pelo menos, no de 15 anos, que eu PODERIA ter feito uma festa. Nesta festa, eu poderia ter tido minha primeira valsa com meu pai, que ainda estaria casado com a minha mãe por não ter enlouquecido com a morte do meu avô e com a falência da empresa (que, nesta dimensão, talvez nunca tivesse existido). Aos domingos, ainda estaría com a familia toda reunida diante do nosso home theater assistindo ao filme Spirit, tomando sorvete e sentados juntos, quase abraçados, no sofá da sala.

Poderíamos, também, estar em nosso apartamento na praia, revivendo os tantos momentos maravilhosos que vivemos la. Viagens inesperadas até la no meio da semana, sucos de morango batido com leite acompanhado por porções de fritas no quiosque da praia, idas a ferinha e caminhadas pelo calçadão durante a noite. Depois, ficar até de madrugada na varanda observando o mar, la era onde eu tinha minhas única noites de insônia tranqüilas, onde eu conseguia pensar com clareza a respeito de tudo e onde eu tinha a tola idéia de que as coisas iam continuar como estavam para sempre.

Acredito que, com tantas possibilidades do que poderiam ter me acontecido, nesta outra dimensão eu, talvez, já estivesse morta. Mesmo tendo uma vida curta, esta teria sido uma vida sem medos (muitas vezes, deixei de fazer muitas coisas que gostaria de ter feito por culpa do medo), uma vida muito mais emocionante e que eu jamais conseguirei viver devido à atual sensatez que possuo. Fico tentando imaginar como eu seria física e emocionalmente, tento imaginar quais seriam as minhas atitudes perante as coisas, tento imaginar como seriam minhas relações com as pessoas que me cercam. São tantas as coisas que fico tentando imaginar, cada uma me confunde mais que a outra me deixando sem qualquer certeza de nada. A única certeza que tenho, é de que esta vida não seria a minha e a desconhecida que a viveria não seria eu, mas sim, uma completa estranha.


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

   Toda vez que visito a página do meu blog na internet (que no caso é esta) eu sempre faço questão de me fazer sempre a mesma pergunta: porque eu tenho um blog ? As vezes alguns amigos vem comentar para mim "nossa cacau, eu li o seu blog INTEIRINHO, moh legal ele", nessas horas eu não sei se eu me sinto lisonjeada ou se começo sentir vergonha de mim mesma. Porque, analisando todos os outros textos que escrevi eu não os acho legais a ponto de despertar o interesse de alguem por eles, sem falar que, não só com textos mas como fotos antigas tambem, costumamos nos envergonhar do que eramos e faziamos antes. Comecei a reparar isso nesses dias quando um amigo meu pedio para ver uma foto minha de 2 anos atrás e, quando vi a foto, imediatamente conclui que ele nao ia ver, mas ele insistio de tal modo que tive que mostrar e eu me arrependo de ter feito isso. Digamos que eu era bem ... diferente do que eu sou hoje, foi exatamente assim que meu amigo enfatizou a diferença entre a eu de dois anos atrás para a eu de agora.
    Enfim, acredito que já escrevi muitas coisas aqui e que muitas delas são bem idiotas, mas elas passaram a ser idiotas pra mim agora porque antes pra mim não deveriam ser, se não eu não as teria escrito. Isso só mostra como, em pouco tempo, eu mudei minha maneira de ver as coisas ao meu redor, como eu e todos mudam. Um dos textos que eu acho bem engraçado e ao mesmo tempo meio estupido é o do boi, o que a pessoa que lê aquele texto deve pensar de mim ? O que eu vou pensar de mim ? Como, por exemplo, estou escrevendo agora isso aqui, mas o que vou achar disso daqui a 5 meses ? Será que vou me passar por idiota novamente ? O mais desesperador é pensar que eu estou refletindo a respeito disso na base de textos que escrevo em um blog que quase ninguem sabe que eu tenho, mas e na vida real onde a maioria das coisas que eu escrevo aqui foram baseadas ? Esses textos podem ser apagados mas e as coisas que fazemos em nossa vida e depois no arrependemos ? Isso não da pra apagar. Sempre vai ter alguem ou algo que ira nos fazer relembrar de micos que pagamos e burradas que fizemos, das coisas que mais nos incomodam.
     É estranho pensar em como esse ciclo é vicioso, é algo que ira nos perseguir pelo resto de nossas vidas. Mas pensando nas vantagens, todos os momentos que nos lembramos e que nos causam arrependimentos são somente provas de que vivemos, de que não passamos despercebidos por esta vida, é prova de que somos humanos e imperfeitos. É a prova de que sempre vamos ter uma nova oportunidade de melhorar, é a prova de que tudo muda e é a certeza de que ha uma vida pulsando em nós, que supre nosso corpo e nos da a chance de viver experiências inesqueciveis.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Medo de crescer.

    Em nosso computador, sempre há aquela pasta em que colocamos nossas fotos mais antigas, aquelas de nossa infância, da formatura e de outros momentos especiais. E é sempre em momentos de grandes mudanças que nós, por algum motivo que eu não sei dizer, acessamos esta pasta.
    Este sabado, 14 de agosto, estarei fazendo meus 16 anos. Não sei se vocês algum dia chegaram a sentir isso mas... eu estou com medo. Simplesmente, após ver as minhas fotos antigas, queria que o tempo não tivesse passado tão rápido, que momentos tão especiais não tivessem sido tão mal aproveitados, que viagens não tivessem durado tão pouco tempo, que algumas piadas não perdessem a graça tão cedo e que os momentos mais emocionantes nunca  fossem esquecidos. Parece que, nos ultimos dias, algo ligou dentro de mim repentinamente, algo que me fez ver a vida e, cada dia nela presente, com outros olhos, algo que me fez querer concertar antigos erros e me tornar uma pessoa melhor. Algo que me fez querer aproveitar cada segundo da minha vida de um jeito novo, ou seja, de um jeito que fassa com que todos sejam perfeitos e especiais.
   O meu medo, como citei anteriormente, é o medo de crescer. Crescer e um dia chegar a ver novamente essa mesma pasta de fotos antigas que, levam junto com elas, muitas lembranças. Meu medo, é encontrar nessas fotos rostos de pessoas que nunca mais vou chegar a ver, de me arrepender por não ter feito coisas tão simples que provocariam grandes mudanças e que nunca irei chegar a saber quais seriam. Medo de me desesperar por ver que aquele tempo que antes era tão bom, esta terminado e nunca mais terei a chance de vive-lo novamente, medo de cometer um erro e não poder voltar atrás, medo de não ter experimentado coisas diferentes, simplesmente, medo por um dia chegar a pensar que não aproveitei a minha vida e que eu só gastei meu tempo me preocupando com coisas sem importância.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

XXXIV Encontro de jovens.

   Sabe aquela viagem que você fica torcendo por durante muito tempo pra que ela chegue logo ? Pois é, no final de semana passado, eu fiz uma viagem que eu estava rezando para chegar logo. Esse ano, eu comecei a fazer parte de um grupo de jovens de um centro e, todo ano, eles fazem um encontro entre todos os jovens de todos os cursos desse centro.
   Eu não sabia exatamente o que esperar dessa viagem, ou o que eu esperava era algo que não pode ser comparado com o que aconteceu. Alem de muitos e grandes novo amigos que eu fiz, passei por coisas que serão memoráveis e que eu irei levar comigo para o resto da vida. A viagem aconteceu em uma fazenda em Itapecerica da Serra, um lugar que mais parece o fim do mundo, perfeito para se refletir sobre si mesmo sem precisar se preocupar com interferencia de praticamente nenhum aparelho eltrônico (celulares não tinham nem um risquinho de sinal lá) somente das cameras que estavam quase atirando seus flashes automaticamente em nossos rostos temendo perder algum momento especial. Os quartos em que ficamos eram bem sinistros, tinham várias beliches uma, praticamente, colada na outra (o que dificultava a entrada de luz no quarto) e até o banheiro, que era grande, passou a ser pequeno para o tanto de mulher que queria se olhar no espelho (que era minusculo). (Na primeira foto, é o vitor (nosso fotógrafo oficial e profissional, crédito das fotos a ele), a do meio sou eu e a do meu lado a laila).
   No primeiro dia, fizemos várias atividades reflexivas, entre elas, tinhamos que fazer um blog com papel, o que ja me fez pensar automaticamente: eu preciso escrever cada momento que estou passando aqui no meu blog. Além desta, fizemos atividades no planeta do amor (onde escrevi uma carta para minha mãe), no planeta do orgulho (onde fui condecorada pela minha participação através de comentários inteligentes durante as aulas), da humildade, da cooperação e da paz e, depois de tudo isso e de eu quase ser socada para tomar banho, tivemos a hora da fogueira, onde cantei uma música que escrevi para uma das minhas melhores amigas (Sabrina) que faleceu no começo desse ano. (Na segunda foto, o meu "blog").
  No dia seguinte eu, e todas as meninas, tivemos a surpresa de acordar com uma serenata feita pelos meninos na frente do dormitório em que estavamos, só que... a serenata não foi muito bem correspondida, as meninas resmungavam "aff, porque esses infelizes não vão durmi ao invés de fica enxenndo o saco" e tambem tive a surpresa de ver que muitas pessoas deixaram recados no meu "blog", e três deles foram de um mesmo orientador que até deixou um recado assim : "cacau, adivinha quem passou aqui de novo hehehehehe". Tambem cantamos muitas músicas, andamos de pedalinho (bom, eu não, mas meus amigos sim, eu fiquei com medo de virar o pedalinho suhausha :) ) e depois... a despedida. Eu queria que aqueles dois dias não tivessem cabado tão rapido e que a despedida não fosse tão breve.
   Idependente disso, foi uma ótima experiência para mim, sinto que lá, recuperei uma parte de mim que achei que tinha perdido conforme eu ia seguindo a minha vida, fortaleci laços de amizade e criei novos, paguei vários micos e dei muitas risadas, vivi coisas que minha rotina não poderiam me fornecer e ainda fui convidada para uma festa de 15 aninhos (parabêns adiantado Laila \o/ ). Depois de tudo isso fico feliz em dizer que os momentos que lá passei e as memórias que consegui com eles, são algo que ninguem vai poder tirar de mim :).
Na foto, eu e parte da galera que foi no encontro.