segunda-feira, 19 de abril de 2010

Traumas.

   Supostamente todos temos traumas. Muitas vezes é dificil saber da existência deles, somente quando passamos por uma situação semelhante a outra que já haviamos passado anteriormente e as imagens da situação anterior começam a ser progetadas em sua mente sem seu controle. Você começa a ranger os dentes, coçar a cabeça, mecher o corpo constantemente, passar as unhas pela pele devido a frustração, suas pernas começam a tremer e lágrimas imploram para cair de seus olhos.
  São vários os meus traumas...brigas, dinheiro, gordura e, o que esta acontecendo no momento, avô passando mal e sendo mandado para o hospital. A ultima vez que isso aconteceu, eu nunca mais cheguei a ver o meu avô paterno, hoje só o vejo quando vou para o cemitério de Jundiaí em uma pequena foto junto ao seu nome em uma pequena placa de seu túmulo. Pode parecer funebre para você, mas estas e as rápidas visitas aos albuns de familia são, realmente, as poucas vezes que chego a ver meu avô, aquele que hoje me trás tanta saudade.
    Estou falando de traumas porque, desde a madrugada de hoje, meu avô materno anda passando muito mal, não comeu o dia inteiro e, somente agora, foi para o hospital com meu padrinho. Agora estou aqui tentando fazer minha lição de biologia (que é pesquisar sobre várias doenças causadas por bactérias, como a cólera cuja os sintomas são bastante parecidos com o que meu avô têm) e pensando constantemente nas imagens de meus melhores momentos com ele e a saudade que eles iram me fazer sentir se acontecer algo com meu avô. Será que vou perder mais um amigo? Porque sempre temos que perder alguem que amamos e, muitas vezes, em momentos em que nós estamos finalmente nos recuperando de outras perdas, decepções e tristesas? Eu sei que estou sendo trágica em já pensar que irei perde-lo, mas fazer o que... este é o meu trauma, por isso, costumo a pensar sempre no pior ao invés de juntar os pequenos resquicios de esperança que restaram em meu coração.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Planejamentos e incertezas.

   Se tem uma coisa da qual estou me dando conta é que todos estamos correndo atrás de um sonho, todos estamos planejando algo, batalhando e dando nossas espectativas para o incerto. Hoje, planejo ser atriz, como meu pai planejou ser corredor de fórmula um, minha mãe planejou ser paisagista e meu avô jornalista. Mas... pelo que estou vendo, as coisas nunca acontecem como planejado, não é porque agora, acima de tudo, eu quero ser atriz porque é o que eu gosto e é o que me faz feliz que eu, realmente, serei isso, como tambem esses familiares que mencionei  hoje não são o que planejavam ser, agora eles são coisas completamente diferentes do que um dia chegaram a pensar. Sempre tem ago que entra no meio do caminho e atrpalha nossos planos e expectativas para o futuro, sempre o destino nos leva a passar por coisas antes inimagináveis. As vezes fico pensando, vai ser o fim de meus dias se eu não for o que eu realmente quero ? Será que, se eu não conseguir, vai ser por mero fracasso,falta de sorte, falta de talento ou porque eu não deveria ser o que planejei ? Quem sabe, aquilo que queremos agora, vai ser aquilo que nós menos vamos dar importancia no futuro ? Quem sabe, não era aquilo que iria nos levar pra o rumo certo de nossa vida ou o que queremos não é o que realmente precisamos.
   E ainda tem aquele medo de receber um não em resposta ou até mesmo fracassar, o fracasso tira a confiança de qualquer um para qualquer coisa.Temos tambem o : por onde começar ? Eu sou tão jovem e já estou pensando no meu futuro profissional ? Se agente parar bem para pensar, sempre estivemos perto do futuro, era so chegar a pensar em fazer algo. Eu realmente não sei por onde começar meu futuro, onde ir, com quem falar e nem se eu tenho talento para o que quero, mas vou tentar e, se for realmente ser atriz o que eu quero, eu vou seguir em frente, mesmo recebendo um não em resposta na maioria das vezes em que estiver tentando.  E se não der certo, tem outros sonhos que eu posso seguir, vai ver, atriz não é o que eu deva realmente ser, quem sabe eu tenho talento para outras coisas e só fracassando vou conseguir enxergar isso ? De uma coisa eu tenho certeza... o futuro é algo totalmente incerto.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Olha o boi !

  Tá, pode não ter sido somente eu a pagar esse mico, afinal ... todo mundo têm algum trauma de infância... nao têm?
  Era carnaval, estavamos todos na cidade da qual eu costumo falar tanto, Porto Ferreira. Lá, por mais que seja uma cidade pequena, e o centro da cidade pareça mais com a minha rua, lá consegue ser muito movimentado no carnaval por causa dos pequenos blocos que agitam toda a cidade. Um desses blocos foi esse que eu tinha ido com as minhas primas, com o namorado de uma delas (que agora é ex) e um amigo dele: o bloco do boi. Chama-se assim porque uma pessoa (que, geralmente, costuma estar bebada ou bem doida) fica embaixo de um boi de madeira e começa a ficar pulando e tentando acertar as pessoas. 

  Estavamos lá no meio da galera, eu era a mais animada, tava té dançando (olha que eu danço muito mal e me recuso a dançar, vai ver eu tava doida tambem, EU NAO BEBI ok?) e o resto do pessoal que tava comigo tava parado. Até que eu comecei a puxar eles pelo meio da povão, tava muito legal, minha prima falando que eu dançava engraçado, minha outra prima falando que queria que eu fosse na frente pra ela ficar de olho em mim e tudo mais. 
  Olha, só pra você não achar que eu sou ridicula e nem bebada, quando eu era pequena, a ultima vez que eu tinha ido no bloco do boi foi quando deu uma briga feia entre o bloco do boi e o bloco da vaca, eu so me lembro de um monte de cadeira voando e muita gente tinha saindo machucada, então... isso ficou meio que um trauma pra mim. Pois bem, eu tava lá dançando quando, derrepente, eu vi um monte de gente se afastando, gritando e um boi preto vindo na minha direção. O que eu fiz ? Sai correndo, berrando e o amigo do ex-namorado da minha prima teve que me segura pra eu não descer a rua toda.
   Depois disso, fico ele e uma das minha primas me chamando de maluca e me mandando ir passear com os meus amigos bebados. Mas... eu não sou maluca e nem bebada, só fiquei com medo do boi, ok?