terça-feira, 30 de março de 2010

Estúpida Juventude

   São muitas as coisas que acontecem, que passam pela nossa vida e nós nem nos damos conta. São tantos os momentos, as memórias mas, ao mesmo tempo, não são praticamente nada perto da imensidão que o mundo parece ser. São muitas as coisas que eu poderia ter feito, muitas as coisas que poderia ter descoberto e aprendido mas... desperdicei meu tempo com loucuras vindas de minha estúpida juventude, que fizeram de mim o que eu era.
   Os jovens não sabem apreciar a oportunidade que lhes fora concedida e nem recolher as memórias corretas que poderiam faze-los crescer e até transforma-los em algo melhor. Somos nós os culpados ppor nossas consequências e não podemos culpar a mais ningu'm, o erro foi meu, e é o peso deste que carregarei em mim para toda a eternidade.
   Agora não posso sentir mais dor nem solidão, somente saudade, não posso sentir o calor de um abraço e nem ter imagens nitidas de minhas lembranças, não posso acionar meu cerébro para uma criação e nem satisfazer os ardentes desejos de meu coração.
   O erro foi meu, agora sofro as consequências de um erro que antes era imperseptivel a meus olhos mas que, agora, tornou-se mais aparente, tornou-se minha maldição.

(não me perguntem de onde tirei esse texto, eu não sei .-.)

terça-feira, 23 de março de 2010

Morte

  É estremamente estranho quando alguem se vai para sempre e você fica. Parece... que aquela pessoa nunca passou pela sua vida, que ela era quase que uma mera lembrança ou uma maravilhosa fantasia criada pela sua mente para não ter somente um vazio em sua memória. O mais estranho de quando uma pessoa se vai é que, somente ela vai, mas a vida continua, mesmo agente querendo que ela pare por um momento para que possamos sentir pelo menos um pouco a dor da solidão. As obrigações ficam, os momentos são marcados na memória e a saudade passa a preencher o espaço vazio que restava no coração.
  Mesmo você sabendo que não da para voltar atrás, querendo ou não, quando damos por nós, nossa mente esta naquele momento que quase não nos lembravamos ou nos forçamos a esquecer, aquele momento onde o sorriso daquele alguem estava cobrindo todo seu rosto, aquele abraço que fora dado, a ultima troca de palavras e o ultimo encontro antes da partida, e quando você nota, uma lagrima preenchida de sofrimento brota de seus olhos. Você tenta não lembrar, pois as memórias remoem seu coração, o que você não sabe é que aquele que lhe era tão querido, não te abandonou, ele continua ao seu lado mesmo você não se dando conta e se esquecendo por um pequeno momento dele. É ai que nos damos conta de que a separação da morte não existem, somente um grande periodo de saudade causada pela distância pois num futuro, mesmo sendo ele incerto, um dia vocês vão se rencontrar.
Humberto, Duda, Sabrina e João... vocês não sabem a falta que fazem e como foi dificil eu não ter tido a oportunidade de me despedir devidamente de vocês, tantas palavras que não foram ditas, tantas demontrações de amor não foram feitas e tantos momentos não foram vividos ... lamento...mas, mesmo doendo, vou continuar vivendo levando vocês no coração.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Quem sou eu ?

Estava escuro, e havia somente um circulo brilhante no céu do qual eu não sabia o nome. Vagas lembranças passavam por minha cabeça: olhares preocupados e atordoados, abraços e água saindo dos olhos de pessoas que me pareciam conhecidas, mas, no fundo, não fazia a idéia de quem eram. Pensar nessas lembranças fazia meu peito doer, não sabia exatamente porquê. Ou melhor, eu não sabia de nada, só sabia que estava escuro e que um havia um grande circulo brilhante em um céu que não era mais capaz refletir estrelas por causa da camada de poluição que o ser humano criou. Eu estava agachada e encostada em uma das paredes que formava um beco sem saída e estava com fome, sabia disso por que meu estomago doía, e a dor piorava quando olhava para o outdoor a minha frente com a imagem de um enorme x-pichanha.


Como tinha ido parar ali e porque sentia tanta fome? Que aparência eu tinha afinal? Olhei para o chão e lá encontrei duas pernas e, no final desta, dois pés. Algo estava repousando sobre minhas pernas, eram minhas mãos, com aqueles fantásticos dedos que me permitiam pegar o que quisesse, mas não havia nada para pegar ali.

Senti um pequeno movimento em minha barriga, estava respirando, então sabia que estava viva e que aquilo não era um sonho, eu realmente estava ali. Saber que aquilo era real era reconfortante e ao mesmo tempo desesperador, estava despreparada para a realidade, estava despreparada para viver, mas eu não tive a escolha de querer ou não estar ali. Apoiei-me na parede e comecei a fazer um grande esforço para me levantar, de inicio, minhas pernas cambalearam, mas quando consegui deixá-las estáveis, comecei a andar. Ao sair do beco, um enorme clarão inundou meu rosto, isso fez meus olhos arderem e lacrimejarem, afinal, eles estavam acostumados com a escuridão do beco. Andei com insegurança pelo pequeno caminho de asfalto cercado por vitrines de lojas que pareciam estar fechadas a muito tempo. Olhei para meu lado direito e vi, em refletida e uma vitrine, a imagem de uma menina que aparentava ter 15 anos, não era muito magra e tinha curtos cabelos castanhos e desarrumados até seus ombros, seu jeans e sua camiseta em decote v estavam sujos a amassados. Aproximei-me da vitrine para observar melhor a imagem, sua boca estava em uma perfeita linha reta, seus olhos aparentavam cansaço de muitos dias sem descanso e seus olhos eram de um mel quase imperceptível.

Toquei meu rosto, e a imagem refletida fez o mesmo, aquela era eu, eu sabia mesmo tendo acabado de ver, mas.... o que sabia sobre aquele rosto afinal? Aquilo era meu? Quem havia criado? O que era aquilo? Um enorme vazio surgiu em meu peito, e mais um pergunta, aparentemente sem resposta veio espetar minhas emoções como uma agulha fura um tecido, quem sou eu?

domingo, 7 de março de 2010

Filha, você bebeu ?

Você, alguma vez, já chego em casa depois de um saída com o amigos e sua mãe perguntou: você bebeu ?


Isso nunca tinha acontecido comigo, mas... quando cheguei em casa ontem a noite, foi exatamente o que aconteceu. Eu tinha ido à casa da minha amiga com uns... seis amigos, nós estávamos indo comemorar o aniversário de uma delas, então, fizemos bolo, brigadeiro, pipoca... até que chegou a questão: e a bebida ? Seguinte, eu NUNCA fui de beber, e não, eu não bebi, pra variar, NINGUEM BEBEU porque ninguém tinha dinheiro pra comprar bebida. Mesmo se tivesse comprado, eu não beberia, sério, eu NÃO CURTO isso. Bom, alem de comer, agente deu muita risada, fomos ao mercado pagar uns micos e filmá-los, vimos filme, QUASE rolou um casal e fizemos até um filme de terror virar comédia. Minha mãe tinha me dito que iria trabalhar até muito tarde, então eu peguei uma carona com a mãe de uma das minhas amigas e, no carro, ficamos comentando sobre o dia e rindo, acho que o que agente mais tinha feito era rir, isso durante o dia todo.

Até que eu cheguei em casa, eu não tinha feito nada de errado então não tinha o que temer, por isso, eu cheguei lá de boa. Desci do carro e lá estava a minha mãe. Eu a abracei, afinal, estava com muita saudade dela, agente não tinha se falado direito a semana toda porque eu, ultimamente, ando lotada de coisa pra fazer, depois eu me despedi da minha amiga com AQUELE abraço de urso e agradeci a mãe dela.

Dentro de casa, eu fui direto pra cozinha tomar alguma coisa, minha mãe sentou ao meu lado e começou a reclamar do meu quarto que estava sempre desarrumado, da minha pele que tava piorando porque eu não lavava antes de dormir e um monte de coisa. Poxa, eram 10 da noite, eu estava cansada e não tava agüentando ouvir aquilo da minha mãe sabe? Eu tinha acabado de chegar. Foi, então, que eu comecei a responder meio sem paciência pra ela, até que eu não agüentei e disse "mãe, to indo dormi ta?". Levantei da mesa e comecei a subir as escadas, nisso, eu tropecei e cai de cara do chão, isso foi o suficiente pra ela correr até a escada, me pegar pelo braço e olhar bem séria pra mim com aquela cara de decepção "filha, você bebeu?" foi o que eu a ouvi dizer. Eu achei aquilo que ela falo tão ridículo que comecei a rir, eu achei que tava mais do que obvio que eu não gosto de bebida e disse "claro que não mãe, se ta loca? A única coisa que pode ter me embebedado é com Coca- Cola, porque foi a única coisa que eu tomei !". Enfim, depois disso tudo eu fui dormir e fiquei pensando: Poxa vida, eu tava parecendo uma bêbada mesmo.